Na busca por um novo companheiro da raça Yorkshire Terrier, há uma verdadeira corrida pelo exemplar menor. E cada vez mais outras raças são incluídas nessa busca pelo menor exemplar, como o Shih Tzu, o Pug etc. A maioria das pessoas desconhece como pode ser grande a diferença de convívio determinada por tamanhos diferentes.
O padrão oficial da raça, publicado pela Confederação Brasileira de Cinofilia, filiada à Federação Cinológica Internacional, estabelece que um Yorkie adulto deverá ter o peso máximo de 3,150kg, sem estabelecer peso mínimo.
Para atender à procura, o Yorkie acabou subdividido em denominações não reconhecidas oficialmente pela Cinofilia.
Nos anúncios de venda, os nomes mini, micro, zero ou anão são geralmente atribuídos para exemplares com o peso abaixo de 1,5kg. Essa classificação decorre da diferença de peso e tamanho facilmente perceptível entre Yorkies, além das variações comportamentais tornarem-se mais óbvias à medida que o porte diminui.
Problemas de saúde de cães miniatura
Isso é muito preocupante. Embora não se determine limite mínimo de peso, é sabido que exemplares com menos de 1.5kg tem maior tendência a desenvolver uma série de problemas, a começar pela extrema fragilidade física. As fêmeas miniaturizadas nem sequer conseguem ter partos normais, requerendo cesarianas. Além disso os cães frequentemente apresentam moleira aberta, epilepsia, hidrocefalia e várias caracteristicas de nanismo, como cabeça abobadada e olhos redondos demais. Na verdade, dificilmente um Yorkie miniaturizado tem aparência bonita e saudável. Em geral, é desproporcional.
Quem procura por esses exemplares minúsculos é tão responsável pelo problema quanto quem o produz. Hoje já há informação suficiente para que todos saibam que a miniaturização do Yorkie assim como de qualquer raça é extremamente prejudicial à saúde dos cães. Não há justificativa para estimulá-la. O consumidor precisa ser consciente. Por mais que achem encantador um cãozinho miniaturizado, não deve comprá-lo. Do contrário está contribuindo para que criadores inescrupulosos os continuem produzindo.
É claro que as vezes, mesmo numa criação séria e planejada nasce um filhote ou outro menor do que o ideal, mas estes devem ser afastados da procriação caso sua caracteristicas fujam do padrão da raça. Devem ser CASTRADOS.
No Brasil, a questão da miniaturização é tão grave que criadores sérios não estão conseguindo competir com os termos mini, micro, zero e anão. Ou seja, em vez da pessoa comprar um cachorro dentro do padrão da raça e com saúde, ela prefere cães muito pequenos e não sabe os riscos que isso traz.
Tudo isso acaba gerando resultados nocivos. Muitos que se dizem “criadores”, a fim de atender a demanda, tentam conseguir exemplares cada vez menores. O resultado é o nascimento de cãezinhos tão frágeis que exigem tratamento diferenciado. Esses exemplares começam a ter as características da raça diluídas. Os exemplares saem disformes e podem até ser classificados como verdadeiras aberrações. E esse tipo de ocorrência é observada na maioria das vezes.
Lembre-se: a criação oficial não gera, não gosta e não usa os termos bibelô, zero, anão, micro ou mini. A não ser quando este termo está embutido no nome da raça como Poodle micro toy e Spitz Alemão Anão.
Algumas “raças micro” e os problemas de saúde mais comuns
Shih tzu Micro
Tamanho: 26,7 cm
Problemas de Congênitos: hipotireoidismo, doença no disco intervertebral, problemas respiratórios e oculares
Yorkshire Micro
Tamanho: até 17 cm
Problemas de congênitos: Ceratite, bronquite, catarata, Linfangiectasia intestinal ( dilatação dos vasos linfáticos da mucosa intestinal) e desvio portossistêmico (anomalia hepática)
Maltês Micro
Tamanho: até 28 cm
Problemas de congênitos: Graves problemas oculares e dentição irregular e prejudicial
Chihuahua Micro
Tamanho: até 22 cm
Problemas de congênitos: dentes fracos, hidrocefalia, moleira aberta, hipoglicemia , doenças crônicas bronquite e coração.